Vãos Envidraçados – Eficiência Energética

A escolha da caixilharia e do tipo de vidro para os vãos envidraçados é preponderante no comportamento térmico do edifício.

Na escolha da caixilharia é necessário ter em conta a capacidade de isolamento acústico e térmico.

Os materiais mais utilizados são:

  • Caixilharia de madeira
  • Caixilharia de alumínio
  • Caixilharia de alumínio com corte térmico
  • Caixilharia de PVC
Eficiência Energética - Coeficiente Transmissão Térmica Envidraçados
Eficiência Energética – Coeficiente Transmissão Térmica Envidraçados

Os valores apresentados equivalem a uma caixilharia simples de vidro duplo retirados de tabelas do LNEC (1). As linhas horizontais representam os coeficientes de referência do RCCTE para as zonas climáticas.

(1) Coeficientes de transmissão térmica de elementos da envolvente dos edifícios, Santos, Pina e Matias Luís, Laboratório Nacional de Engenharia Civil, 2006

A caixilharia em PVC e madeira tem um melhor desempenho que a caixilharia em alumínio com e sem corte térmico.

Entre as soluções de caixilhos em alumínio tem melhor desempenho térmico o caixilho fixo e o giratório em relação ao caixilho de correr.

O PVC é o material que apresenta melhores índices de isolamento acústico.

A madeira e o alumínio têm índices similares de isolamento acústico.

A madeira é um material mais ecológico, durável (com um tempo de vida de cerca de 40 anos) e bastante resistente, se for de origem de florestas certificadas, e se receber tratamento adequado não necessita sequer neste caso de alguma manutenção.

O alumínio é um material bastante resistente e durável com acabamento de preferência anodizado, no entanto tem uma grande energia incorporada e tem um grande impacto no aquecimento global.

O PVC é um material bastante resistente, moderadamente durável (com um tempo de vida de cerca de 25 anos), reciclável, no entanto o PVC branco tende a mostrar descoloração ao envelhecer e é um derivado da indústria petroquímica.

As caixilharias com lâmina de ar de 16 mm têm um melhor desempenho térmico que as caixilharias com lâmina de ar de 6 mm.

As caixilharias com permeabilidade ao ar baixa tem um desempenho térmico melhor do que com permeabilidade elevada, no entanto o vão envidraçado deve possibilitar a renovação de ar.

A renovação de ar das caixilharias contribui para a ventilação natural e evita a produção de condensações no interior. Estas renovações de ar implicam perdas de energia pelo que é necessário criar um equilíbrio entre elas.

No mercado existem grelhas de ventilação aplicáveis em caixilhos de madeira, alumínio ou PVC que permitem a ventilação com a janela fechada.

As aberturas nos caixilhos são reguladas manualmente permitindo o aumento do caudal de ventilação natural no interior e a remoção do vapor de água, tanto de Verão como de Inverno.

A orientação dos vãos envidraçados determina a escolha do tipo de vidro. Os envidraçados orientados a Norte devem evitar as perdas de calor para o exterior e os expostos a Sul devem reduzir a entrada da radiação solar.

O vidro baixo emissivo (low E) ou também designado de vidro de isolamento térmico reforçado é um vidro que permite um óptimo isolamento térmico ao reduzir as perdas de calor. Este vidro pode ter um factor solar baixo ou elevado. O factor solar do vidro deve ser tido em consideração com o coeficiente de transmissão térmica do vidro. Os vidros com factor solar baixo para além do isolamento térmico no Inverno proporcionam uma boa protecção contra o calor, sendo ideais para uso em envidraçados com exposição ao Sol directa e sem protecção solar. Os vidros com factor solar elevado proporcionam a entrada do calor do Sol e da luz natural e igualmente permitem um óptimo isolamento térmico, sendo ideais quando o objectivo é maximizar as trocas solares e luminosas.

O vidro duplo pode integrar no seu interior uma lâmina de ar seco ou um gás de isolamento térmico (argón por exemplo) aumentando o seu desempenho térmico e luminoso, no entanto é uma solução mais dispendiosa.

A Importância da Espessura do Isolamento Térmico

Relação entre a expessura e o consumo de energia ao longo de 10 anos

Eficiência Energética - Relação Espessura Consumo Isolamento
Eficiência Energética – Relação Espessura Consumo Isolamento

O Total do custo anual em energia associado a um isolamento exterior em EPS de 10 cm ao fim de 10 anos é de menos cerca de 2.000 € em relação ao mesmo isolante com 4 cm de espessura. Verificando-se uma maior diferença entre os 4 e os 7 cm e uma menor entre os 8 e os 10 cm. Sendo a diferença ao fim de 10 anos entre os 4 e os 8 cm de 1.500€.(1)

(1) Valores anuais calculados com base nas necessidades nominais de energia segundo o RCCTE e no preço da tarifa simples de 0,11€/kWh

Relação de investimento e poupança com o aumento de 10 mm no isolamento térmico

 

Eficiência Energética - Relação Investimento Poupança

 

Em relação ao isolante exterior em EPS com 4 cm, o retorno do investimento em menor consumo de energia na aplicação de um isolante com espessura até 10 cm é pago em cerca de 4 anos e meio, e o investimento em isolantes até 7 cm é pago em 3 anos.

(1) Valores anuais calculados com base nas necessidades nominais de energia segundo o RCCTE e no preço da tarifa simples de 0,11€/kWh

Eficiência dos Sistemas de Água Quente Sanitária – Energias Alternativas

Trata-se da eficiência de conversão a partir da fonte primária de energia dos sistemas de água quente sanitária.

A eficiência média imposta pelo RCCTE é de 65% de rendimento médio anual, o que corresponde a um sistema bastante ineficiente, no entanto a limitação das necessidades de energia primária impedem o recurso a sistemas de água quente sanitária pouco eficientes.

Os valores da eficiência média anual de referência dos sistemas foi retirada do RCCTE, no entanto é conveniente consultar na ficha técnica dos equipamentos os valores fornecidos pelo fabricante na base da normalização e legislação existente.

Sistema Solar Térmico - Água Quente Solar
Sistema Solar Térmico – Água Quente Solar

Isolamento Térmico de Pavimentos – Eficiência Energética

As soluções possíveis para o Isolamento Térmico de Pavimento são:

Isolamento térmico pelo exterior:

  • isolante preenchendo totalmente o espaço intermédio
  • isolante preenchendo parcialmente o espaço intermédio

Isolamento térmico pelo interior:

  • isolante directamente sobre a betonilha
  • isolante preenchendo totalmente o espaço entre a estrutura e o revestimento de piso (soluções tipo pavimento flutuante)
  • isolante preenchendo parcialmente o espaço entre a estrutura e o revestimento de piso

As soluções com o isolante pelo interior são geralmente aplicadas quando não existe outra possibilidade, como obras de reabilitação, pois apresentam muitas desvantagens relativamente ao isolante aplicado no exterior

Isolamento térmico pelo exterior:

  • isolante preenchendo totalmente o espaço intermédio
  • isolante preenchendo parcialmente o espaço intermédio

Isolamento térmico pelo interior:

  • isolante directamente sobre a betonilha
  • isolante preenchendo totalmente o espaço entre a estrutura e o revestimento de piso (soluções tipo pavimento flutuante)
  • isolante preenchendo parcialmente o espaço entre a estrutura e o revestimento de piso

As soluções com o isolante pelo interior são geralmente aplicadas quando não existe outra possibilidade, como obras de reabilitação, pois apresentam muitas desvantagens relativamente ao isolante aplicado no exterior

Caracterização dos consumos no sector residencial

Consumo de electricidade por uso final no sector residencial

Eficiência Energética - Consumo de Electricidade
Eficiência Energética – Consumo de Electricidade

Fonte: DGE, 2004

Da análise do gráfico anterior pode-se observar que os electrodomésticos representam o maior peso (43%) na factura energética dos consumidores residenciais portugueses, por isso devem ser uma das prioridades para a redução dos custos associados ao consumo de electricidade.

Em seguida, a climatização ambiente (17%) e a iluminação (12%) devem ser prioridades na concepção do desenho de soluções construtivas, de sistemas de climatização, a par ou não com as soluções para o aquecimento de águas sanitárias, e da escolha dos dispositivos de iluminação.

Custos anuais associados ao consumo de electricidade

Eficiência Energética - Custos de Consumo
Eficiência Energética – Custos de Consumo

O Total do custo anual associado ao consumo de electricidade é de 552€ com a tarifa simples*.Estes valores foram estimados com base no consumo médio das Ecofamílias, de 418 kWh/mês**.

As Ecofamílias que têm contadores Bi-horários apresentam no relatório em média um gasto inferior de 10€/mês**.

* Valores anuais calculados com base no preço da tarifa simples de 0,11€/kWh, fonte: EDP, 2007

** Programa EcoFamílias – Relatório de progresso, Quercus, 2006